quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O CONSELHEIRO

Todos os dias dependendo da situação em que me encontro
Lá vou eu para a lavagem cerebral.
Triste tortura!
Relembrar situações que me angustiaram
Outras que quase me enlouqueceram
Outras situações tão simples aos olhos do desconhecido.
Que às vezes me sinto envergonhada de estar ali, deitada.
Não fossem os problemas, as preocupações...
Seria um lugar aconchegante pra cochilar após o almoço.
Mas ao contrário...
Eu começo a falar, contar a minha vida.
Na esperança de obter respostas para os meus anseios.
E falando, não sinto as horas passarem, mas, a sempre.
E suave campainha me desperta daquele marasmo
Anunciando que é chegado o fim daquele colóquio...
De mim para mim!
Onde ouço a minha própria voz falando de coisas que eu quero esquecer.
Mesmo assim, todo dia, me permito aquela mesmice de monologar com o meu Eu.
E deitada no famoso divã penso:
O que será que eu espero dessa minha atitude?
12/08/2008

Sonia Barbosa Baptista


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