sábado, 23 de agosto de 2008

A PLURALIDADE CULTURAL BRASILEIRA

Poesia 9ª colocada no II concurso da Poesiarte no Orkut e na cidade de Cabo Frio


País rico e querido por sua gente
Desde a data do seu descobrimento
Abriu os braços de forma inteligente
Enriqueceu pela troca de conhecimento.


Mas como o Brasil poderia ser regido
Se nele formava uma grande nação
Que a cada dia em seu seio era recebido
Do mundo mais e mais irmãos?


Trazia na bagagem o folclore, a história.
Dos índios e portugueses a própria imagem
Dos escravos, negros com coragem.
E toda uma corrente imigratória.


Foi preciso a grande nação ser dividida
Pra que se conseguisse alojar o povão
Ao dividir, automaticamente foi acrescida.
E criado um mapa do Brasil Nação.


Dividido em estados e capitais
A partir de então como num palco
Atores e atrizes, as famosas regiões...
Vão dar um show de representação.


Estava formado o Brasil das etnias
Com festas, bailados, folguedos e crenças,
Ritos, lendas, técnicas e alegrias.
De um povo que trazia artes e esperanças.


Em trajes típicos em dia de festa
Comemoravam a Festa da Uva dançando
Chula, tirana e pezinho contrastando.
A dança-de-fitas de época natalina.


No carnaval a poesia, música e fantasias.
O frevo e capoeiras nas ruas e salões
Blocos, escolas de samba e alegorias.
No bailado fazia a festa dos foliões.


Graças ao meio de comunicação
Os costumes e festas são divulgados
Pelo computador e televisão
Ao Brasil e ao mundo são mostrados.


Na pluralidade da cultura brasileira
O povo é poeta, músico, artista e pintor.
Com fé, raça, amor e garra inteira.
Têm no prato iguarias do interior.
21/05/2008

Sonia Barbosa Baptista


Publicado no Recanto das Letras em 25/11/2008
Código de texto: T1303527



quarta-feira, 13 de agosto de 2008

PRISÃO DOS INOCENTES

O alçapão armado no galho da árvore
Como um ladrão, a espreitar as escondidas.
Os movimentos do belo que se faz em arte
No seu cantar que tantas vezes em seu dialeto
Chegando a falar como é o caso do Bem-te-vi.
Quem nunca ouviu o canto desse pássaro de cores claras?
Parece que no seu inocente canto ele denuncia aquela armadilha
Que com água e ração lá está entre as folhagens
À espera de transformar quem nela cair em prisão.
O alçapão foi no alto erguido por mãos que prendem.
Sim, por mãos que erguem cadeias em árvores.
E prendem aves inocentes que no seu habitat cantam
E seu único crime é saber cantar e ter asas pra voar.
13/08/2008

Sonia Barbosa Baptista

Publicado no Recanto das Letras em 06/12/2008
Código de texto: T1321563


O CONSELHEIRO

Todos os dias dependendo da situação em que me encontro
Lá vou eu para a lavagem cerebral.
Triste tortura!
Relembrar situações que me angustiaram
Outras que quase me enlouqueceram
Outras situações tão simples aos olhos do desconhecido.
Que às vezes me sinto envergonhada de estar ali, deitada.
Não fossem os problemas, as preocupações...
Seria um lugar aconchegante pra cochilar após o almoço.
Mas ao contrário...
Eu começo a falar, contar a minha vida.
Na esperança de obter respostas para os meus anseios.
E falando, não sinto as horas passarem, mas, a sempre.
E suave campainha me desperta daquele marasmo
Anunciando que é chegado o fim daquele colóquio...
De mim para mim!
Onde ouço a minha própria voz falando de coisas que eu quero esquecer.
Mesmo assim, todo dia, me permito aquela mesmice de monologar com o meu Eu.
E deitada no famoso divã penso:
O que será que eu espero dessa minha atitude?
12/08/2008

Sonia Barbosa Baptista


domingo, 10 de agosto de 2008

PAI DOCE PAI




Bravo guerreiro, o meu pai herói!
Deu-me carinho, educação, amor e amizade.
E junto com a minha mãe, deu-me um lar.
De harmonia e amizade entre os irmãos.
Severo, exigente e com dificuldade, de salário baixo.
Mesmo assim, orgulhoso de ter um emprego na CSN.
Maior Usina Siderúrgica de Volta Redonda...
Como lembro dele calçando a botina para ir trabalhar!
Quando o relógio se aproximava da meia noite e ele ainda meio que dormindo ia para o turno do horário de zero hora.
E no outro dia, coitado de nós, que tínhamos que brincar sem fazer barulho porque ele tinha que dormir.
São lembranças, que guardo a sete chaves.
São momentos lindos da minha infância, onde medo, não existia.
Só mesmo confiança e segurança com a presença do pai.
Hoje sorrio ao lembrar que passear não podia, e namorar só aos dezoito anos, antes disso, era considerada criança.
O tempo passou. E aos oitenta e seis anos de idade. Ele é a aparência do amor, do passar do tempo, de cabelos brancos. E a lerdeza nos movimentos, faz dele o melhor pai do mundo. Um homem, que foi e ainda é pai de verdade.
Eu te amo pai! Não só eu, mas sim, todos seus filhos.
Também aqueles que são filhos do coração, que o senhor com sua bondade e coragem e carinho, ofereceu um teto.
Feliz Dia dos Pais!
09/08/2008
Sonia Barbosa Baptista